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O que é: Querela de nulidade

A querela de nulidade é um termo jurídico utilizado para se referir a um tipo de ação judicial que tem como objetivo anular um ato jurídico ou uma decisão judicial. Essa ação é baseada na alegação de que o ato ou a decisão em questão é nulo, ou seja, não possui validade legal.

Como funciona a querela de nulidade?

A querela de nulidade pode ser proposta por qualquer pessoa que tenha interesse legítimo na anulação do ato ou da decisão em questão. Para isso, é necessário que a pessoa apresente os fundamentos jurídicos que embasam a sua alegação de nulidade.

É importante ressaltar que a querela de nulidade não é uma ação que visa modificar o conteúdo do ato ou da decisão, mas sim anulá-lo por completo. Ou seja, caso a ação seja julgada procedente, o ato ou a decisão em questão será considerado nulo desde o seu surgimento, como se nunca tivesse existido.

Quais são os fundamentos para a querela de nulidade?

Existem diversos fundamentos que podem embasar a querela de nulidade, sendo os mais comuns:

Falta de competência

Um dos fundamentos mais utilizados para a querela de nulidade é a falta de competência do órgão ou da autoridade que emitiu o ato ou proferiu a decisão. Isso significa que, caso a pessoa alegue que o ato ou a decisão foi emitido por um órgão ou autoridade que não possuía a competência legal para fazê-lo, poderá requerer a anulação do mesmo.

Vício de forma

Outro fundamento comum para a querela de nulidade é o vício de forma. Isso ocorre quando o ato ou a decisão não foi realizado de acordo com as formalidades legais exigidas. Por exemplo, se um documento não foi assinado por todas as partes envolvidas, poderá ser alegado o vício de forma e requerida a anulação do ato.

Vício de vontade

O vício de vontade é um fundamento que pode ser utilizado quando uma das partes envolvidas no ato ou na decisão foi coagida, enganada ou estava em uma situação de vulnerabilidade que comprometeu a sua capacidade de tomar uma decisão livre e consciente. Nesses casos, é possível requerer a anulação do ato com base no vício de vontade.

Quais são as consequências da querela de nulidade?

Caso a querela de nulidade seja julgada procedente, as consequências podem variar de acordo com o tipo de ato ou decisão que está sendo questionado. Em geral, a anulação de um ato ou decisão implica na sua invalidade retroativa, ou seja, o ato ou a decisão é considerado nulo desde o seu surgimento.

Isso significa que todos os efeitos jurídicos decorrentes do ato ou da decisão também são anulados. Por exemplo, se um contrato for considerado nulo, as partes envolvidas devem ser restituídas ao estado anterior à celebração do contrato, como se ele nunca tivesse existido.

Como propor uma querela de nulidade?

Para propor uma querela de nulidade, é necessário que a pessoa interessada contrate um advogado especializado em direito civil ou direito processual civil. O advogado será responsável por analisar o caso, identificar os fundamentos jurídicos para a alegação de nulidade e propor a ação judicial competente.

É importante ressaltar que a querela de nulidade deve ser proposta dentro do prazo legal estabelecido pela legislação. Esse prazo pode variar de acordo com o tipo de ato ou decisão que está sendo questionado, por isso é fundamental consultar um advogado para verificar qual é o prazo aplicável ao caso específico.

Conclusão

Em suma, a querela de nulidade é uma ação judicial que tem como objetivo anular um ato jurídico ou uma decisão judicial. Essa ação pode ser proposta por qualquer pessoa que tenha interesse legítimo na anulação do ato ou da decisão em questão, desde que apresente os fundamentos jurídicos que embasam a sua alegação de nulidade.

Os fundamentos mais comuns para a querela de nulidade são a falta de competência, o vício de forma e o vício de vontade. Caso a ação seja julgada procedente, o ato ou a decisão em questão será considerado nulo desde o seu surgimento, como se nunca tivesse existido.

Para propor uma querela de nulidade, é necessário contratar um advogado especializado, que será responsável por analisar o caso e propor a ação judicial competente dentro do prazo legal estabelecido. É fundamental consultar um advogado para obter orientações específicas sobre o caso em questão.

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